terça-feira, abril 25, 2006

Enfrentando paradigmas

Sabe todos os medos que eu tenho (já comentados anteriormente)? Me mandaram enfrentá-los. Sabe as relações seguras que eu tenho? Me mandaram acabar com elas. E eu, submissa que sou, obedeci. E, quer saber? Está dando tudo errado.

O que eu preciso descobrir é: está dando errado por minha culpa ou culpa do acaso? Eu me responsabilizo por ter uma crise de adolescência, ficar insegura, histérica e irracional frente ao desconhecido. Me responsabilizo por querer impor prazo de validade pra relacionamentos que nem existem ainda (Deus, até onde a loucura de alguém chega?!). Me responsabilizo por não saber lidar com a situação. Por outro lado, é realmente uma situação nova pra mim, e é normal que eu faça tudo errado no começo, até acertar, eventualmente. E, também, há de se convir que, independente dos meus erros, há outras pessoas envolvidas, e se elas não querem, nem se eu fizesse tudo certinho adiantaria, né?

Meu palpite é que a culpa é dos dois, parte minha, parte do acaso. Mas vejamos pelo lado positivo, aprendi várias coisas com esta bagunça toda (que ainda não acabou, inclusive)! Aprendi que a dúvida é angustiante, mas não mata ninguém. E que esta mesma angústia faz, por vezes, com que nos sintamos bem, vivas, intensas. Aprendi mais sobre mim ao fazer meu mapa astral. Aprendi que preciso dos amigos mais do que imaginava (eu, sempre tão autosuficiente, como meu mapa mesmo aponta) nestes momentos de agonia. E que, veja só, não é a maioria está lá e participa ativamente de todo o desenrolar da trama? Mas aprendi, sobretudo, que nunca, sob hipótese alguma, você deve dar o seu orkut na balada ao invés do telefone!!

quarta-feira, abril 19, 2006

Tá.

Daí você bebe (pela milésima vez, inclusive). Bebe tanto que dorme na casa da amiga, colocada na cama por outra amiga. Às 8:30 da manhã do dia seguinte, uma outra amiga - que também dormiu lá porque tinha bebido demais - te acorda, porque todas têm que trabalhar. Indo pra sua casa pra trocar de roupa, e pensando seriamente em não ir trabalhar, porque não existe a menor condição, você resolve refazer a sua noite. E a primeira memória que vem é você dizendo pro cara com quem já foi pra cama "Olhos azuis, eu nunca disse pra elas o tamanho do seu legume, nunca!!". Sinceramente, não dá vontade de lembrar de mais nada.

Mas você lembra. Do milho que tacaram na varanda porque todos estavam gritando (e você mais que todos eles, provavelmente). Do "eu nunca". Das declarações de amor que você fez (você até chorou!, acha). E das amigas. O que seria de você sem elas?!

Ah, e a resposta dos olhos azuis foi "você é uma lady", caso interesse. Uma lady. Uma daquelas que bebe. E muito.

sábado, abril 15, 2006

Medo

Eu tenho. De coisas tangíveis, como pombas e palhaços, e intangíveis, como sentimentos. De sentir muito, de me decepcionar, de que meus sonhos não se realizem, de que eu não os saiba realizar, de que me conheçam demais, de ser julgada, de sofrer, de que invadam o meu espaço, de me entregar. E, ainda assim, me entrego (Me entrego? Mesmo?).

Pensando bem, deve vir daí a trava de fazer strip tease. Sou eu, me despindo, enquanto alguém assiste. Nua, vulnerável, sem proteção alguma, por vontade própria, e uma platéia. Aflitivo, né? Pra mim, é.

segunda-feira, abril 10, 2006

Adolescência tem idade?

Sabe aquele frio na barriga, as atitudes impulsivas e incoseqüentes, a impressão de onipotência, a agonia do desconhecido, a espera, a angústia, o exagero, a histeria, as espinhas, os hormônios, a expectativa, a insegurança, o não saber o que fazer, o correr pros amigos em busca de ajuda, o assunto único, a criação de uma vida inteira na imaginação, o sorriso bobo, as batidas aceleradas do coração?

Tão bom, né?


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Son Sueños
de: El Canto Del Loco
álbum: A contracorriente


Son sueños que son de verdad
me gustaria que fuera real
son sueños quiero llegar hasta el final
y nada sirve si no estas

En silencio te busco
y sueño con poderte amar
te sigo buscando tanto
tu en mi nunca te has fijado
por eso te tengo que inventar
y te sigo esperando tanto
tu en mi nunca te has fijado
por eso te tengo que encontrar

Son gestos que quiero mirar
me gustaria poderte tocar
son sueños quiero que existas nada mas
sigo buscando donde estas

En silencio te busco
y sueño con poderte amar
te sigo buscando tanto
tu en mi nunca te has fijado
por eso te tengo que inventar
te sigo esperando tanto
tu en mi nunca te has fijado
por eso te tengo que encontrar

En silencio te busco
y sueño con poderte amar
te sigo buscando tanto
tu en mi nunca te has fijado
por eso te tengo que inventar
te sigo esperando tanto
tu en mi nunca te has fijado
por eso te tengo que encontrar

Y te sigo buscando tanto
y te sigo esperando tanto
por eso te tengo que inventar

terça-feira, abril 04, 2006

Porque a vida é Bella e músicas me (co)movem

Someone is there, waiting for my song
I´m only looking for someone who sings along

When all my dreams, finally reach yours
We will uprise and maybe find our true love,

We will uprise and maybe find our true love.

sábado, abril 01, 2006

Arredia

Eu pratiquei hipismo por vários anos, a modalidade era salto. Como não tinha um cavalo meu, usava nas aulas animais da escolinha da hípica e, quando já montava bem, treinava os cavalos de sócios.
Me lembro da época em que comecei a montar uma égua novinha (tinha uns 3 anos), cujo nome infelizmente me foge agora. Era pequena, tordilha (a cor básica preta, mas com pêlos brancos espalhados por todo o corpo, mais ou menos concentrados em certas áreas - ou "cinza manchado", se for mais fácil de entender). O barulho das folhas a assustava, ela prestava uma atenção imensa a qualquer movimento meu e a literalmente qualquer estímulo à sua volta. E, quando se assustava, ela me derrubava. E fez isso várias vezes. E eu tive que aprender a perceber, se não antes, ao menos junto com ela todos estes estímulos que a assustavam pra prever a sua reação e não deixar que ela me derrubasse. A intenção nunca era esta, ela não pulava com o intuito de me derrubar, ela simplesmente se assutava, mas o susto tinha como consequência final a minha queda.

Eu ando assim, arredia. Extremamente atenta ao que acontece ao meu redor. Desconfiada. E, se algo me assutar, acabo por derrubar quem estiver perto, por mais que esta não seja a intenção. Portanto, cuidado.